Catequese Comunidade Nossa Senhora da Assunção

sábado, 30 de maio de 2009



Maria disse “SIM a Deus

“Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua vontade”.

(Lc 1,38)

Maria era uma jovem como as outras jovens da época. Pertencia a uma família simples da cidade de Nazaré, na Palestina. Seus pais eram: Joaquim e Ana.

Ela era muito bondosa, humilde, trabalhadora e estava sempre pronta a ajudar os outros.

Procurava viver a Aliança; por isso, observava os Mandamentos de Deus. Por causa do “SIM” de Maria, o Filho de Deus se tornou uma criança, se fez gente como nós. Maria carregou esta criança no colo. Ajudou o Menino a caminhar, a falar, e se doou inteiramente ao seu Filho Jesus.

Mesmo sabendo que ia ser Mãe de Deus, Maria não ficou orgulhosa. Não se considerava melhor do que as outras mulheres.

Ela sabia que quando uma pessoa diz sim a Deus, deve dizer também sim ao irmão necessitado.

Foi isto que Maria fez quando soube qua a sua prima Isabel precisava de ajuda. Foi à casa dela para ajuda-la.

O “SIM que Maria deu a Deus deve ser repetido por todos nós.



João Batista

“Você, meu menino, será chamado profeta do Deus Altíssimo. Você irá à frente do Senhor para preparar o Seu caminho”. (Lc 1,76)

João Batista era filho de Zacarias e Isabel. Eles eram um casal de idosos muito bons e justos e não tinham filhos.

Por este casal, Deus faz nascer João Batista, que vem preparar a vinda de Jesus Cristo.

Isabel era prima de Maria, a Mãe de Jesus. João era primo de Jesus e mais velho uns seis meses.

João andava pelo deserto da Judéia, junto às margens do rio Jordão, pregando às multidões, anunciando o Reino de Deus. Levava uma vida de grande austeridade, pois vestia-se com uma pele de camelo e alimentava-se de mel silvestre e de gafanhotos.

João convidava as pessoas para se arrependerem dos seu pecados. Batizava as pessoas para que elas ficassem com o coração purificado para a vinda de Jesus.

João Batista, assim chamado porque batizava as pessoas, era um profeta. Foi o último profeta do Antigo Testamento, escolhido por Deus.

Ele não somente anunciava a vinda futura do Messias Salvador, mas indicava que Jesus já estava presente no meio das pessoas.

João Batista apontava para Jesus e dizia: “Este é o Cordeiro de Deus!” e “Eu não sou digno de desamarrar as correias das suas sandálias”.

João Batista morreu decapitado por causa da sua coragem em pregar a mensagem de Jesus: justiça e fraternidade.



OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS

Mandamentos: Caminhos para alcançar a felicidade.

“Escutem com atenção os mandamentos que hoje ensino. Obedeçam e pratiquem estas leis para permanecerem vivos e entrarem na terá prometida”. (Dt 4,1)

A lei de Deus está na Bíblia e é chamada de os “Dez Mandamentos”.

Foi a Lei que, na Aliança, Deus entregou a Moisés no Monte Sinai. O que é essa Lei de Deus?

Essa Lei é a indicação do caminho a seguir para chegarmos até Deus.

Deus deu a Lei para amá-lo, sermos livres e viver em fraternidade. Ser livre não é fazer o que a gente quer, mas descobrir o que pode ser feito para estarmos sempre unidos a Deus e aos irmãos.

São estes os Mandamentos:

1- Amar a Deus sobre todas as coisas;

2- Não falar seu Santo Nome em vão;

3- Guardar os domingos e festas;

4- Honrar pai e mãe;

5- Não matar;

6- Não pecar contra a castidade;

7- Não furtar;

8- Não levantar falso testemunho;

9- Não desejar a mulher ou marido dos outros (respeitar o casamento);

10- Não cobiçar as coisas alheias.

Os três primeiros Mandamentos falam do nosso encontro com Deus e como descobrir e encontrar o verdadeiro Deus.

Do 4° ao 10° Mandamento, Deus nos ensina o que devemos fazer para vivermos como irmãos.

Deus nos deu os Mandamentos para nos orientar a viver no amor a Ele e no amor às pessoas.



Os três primeiros mandamentos: O amor a Deus nos torna felizes


O 1° mandamento nos ensina a amar a Deus sobre todas as coisas. Vamos amar a Deus porque Ele é bom; porque nos criou e nos ama e porque está sempre conosco. O amor de Deus é verdadeiro. É o amor verdadeiro que devemos ter com nossos irmãos. Afinal, como podemos amar a Deus que não vemos, se não amamos as pessoas que vemos?

As pessoas que não amam a Deus usam o Nome de Deus para justificar a sua preguiça ou as suas maldades. Dizem: “É Deus que quer assim” e deixam tudo do jeito que está: um mundo cheio de tristeza e de miséria. Deus não quer coisas ruins. É isto que nos ensina o 2° Mandamento.

Qual é ele mesmo?

“Não falar seu Santo Nome em vão”.

Deus é o Deus da vida. Ele só quer que façamos coisas boas. Os hebreus chamaram a Deus de “Javé”.

O nome é muito importante para as pessoas. O nome dá identidade e abre o relacionamento com os outros, com as coisas criadas, com a natureza e com os animais. Deus defende a Vida do povo.

Quando alguém prejudica a Vida e continua falando de Deus, está dizendo o nome de Deus em vão, isto é,à toa.

Este mandamento completa o primeiro e lhe dá maior força. Deus é Santo. Seu nome merece respeito. As pessoas, as coisas criadas e os lugares consagrados a Deus também merecem respeito.

O 3° Mandamento, santificar as festas, é a observância do sétimo dia, dia de descanso, ou dia de sábado. Sábado quer dizer “sétimo dia”. Nós costumamos falar em “santificar os domingos e os dias de guarda”. O texto da Bíblia diz: “Lembre-se do dia de sábado para santificá-lo...”

Qual o sentido deste mandamento? Será que é só uma questão de não trabalhar, de ir a Igreja e mais nada?

Não. O que Deus quer dizer é que precisamos reservar um tempo para refletir mais, para nos aproximar mais de Deus pela oração, pela Missa e pela prática do bem. Assim, domingos e dias santos devem servir para a oração e para o lazer, para a vida em família e para a vida em comunidade.

Santificar as festas e os domingos não é só participar da missa. A missa é importante para aumentar o nosso amor a Deus. Mas é importante reconhecer que o nosso compromisso com Deus é realizado aqui na terra através do nosso amor, do carinho e da solidariedade para com todas as pessoas.

Somos felizes quando amamos a Deus.

4° Mandamento: O amor à família “respeitar pai e mãe”


“Honre seu pai e sua mãe como ordenou o Senhor seu Deus, a fim de prolongar os seus dias e para viver na terra que o seu Deus dá a você”. (Dt 5,16)

Na Bíblia, Deus nos ensina como devemos tratar os pais. Vamos ler e procurar entender o que diz Eclo 3,1-16 (Livro do Eclesiástico, capítulo 3, versículos 1-16). Honrar significa respeitar, estimar, obedecer e amar.

É o que devemos ter para com nosso pai e para com nossa mãe e para com as pessoas que também cuidam de nós (avós, tios e outros). Este é o 4° Mandamento de Deus. Eles formam a nossa família. E é na família que a semente da vida é plantada.

É na família que você nasce, cresce e aprende a se relacionar com os outros.

Cada um de nós tem laços de união e compromissos com a sua família. A família é nosso primeiro mundo.

É preciso cultivar o amor, a solidariedade, o diálogo, a compreensão e a oração para superar os problemas que aparecem nas famílias, como o desemprego, as doenças e a separação dos pais.

Devemos também ter carinho para com as pessoas mais idosas, os doentes, os vizinhos, os professores, os amigos, os catequistas porque todos eles, e nós também, fazemos parte da grande família de Deus.

Devemos respeitar e amar a nossa família.


5° Mandamento: Respeitar a vida “Não matarás”


“Eu vim para que todos tenham vida”. (Jô 10,10)

Devemos respeitar a VIDA porque ela é o melhor presente de Deus para nós. Ele pede que cuidemos de nossa vida e que respeitemos a vida dos outros, como a coisa mais importante. E por quê? Porque foi Deus quem nos deu a vida. Ele não quer a morte nem a destruição. Deus é o Deus da vida! Vamos ver como podemos seguir este 5° mandamento:

- Cuidando bem do nosso corpo e da nossa saúde.

- Dando aos outros bons exemplos de amor e de amizade.

- Não sendo violentos e malcriados, nem ferindo as pessoas com palavras e atitudes grosseiras.

- Cuidando da vida dos animais e das plantas.

A vida é o dom mais precioso que Deus nos deu. Devemos respeitar a vida de todas as pessoas.

6° e 9° Mandamentos: A fidelidade entre o esposo e a esposa.


“... O homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois ima só carne”. (Gn 2,24)

O 9° Mandamento diz que o casamento precisa ser respeitado. E o 6° mandamento diz também que as pessoas precisam se fazer respeitar. Isso é muito importante, pois só através desse respeito é que nasce o amor de verdade. Imagine você: é possível viver feliz numa família sem amor?

Deus nos pede que sejamos muito responsáveis, amando a família. Casamento não é uma aventura. Não é para um dia, nem para uma semana. É para toda vida.

Quando o esposo e a esposa são felizes, toda a família é feliz. Por isso, o casamento não pode acontecer de qualquer jeito. Ele só pode acontecer quando as pessoas se conhecem bem, fazendo crescer o amor, o carinho e a fidelidade entre os esposos.

O amor entre o homem e a mulher deve ser igual ao amor de Jesus por todos nós.

7° e 10° Mandamentos: respeitar as coisas dos outros


“O homem ganhará o pão com o suor do seu rosto”. (Gn 3,19)

Deus criou um mundo cheio de beleza, com lugar para todos. Então, por que uns não têm onde morar, nem o que comer? Porque algumas pessoas são muito egoístas e querem tudo só para si. Aí muita gente fica sem nada.

Do mesmo jeito, a pessoa que rouba ou estraga alguma coisa de alguém está sendo injusta. Uma das coisas que mais entristece a Deus Pai: ver o seu filho injustiçado. Por isso é que nós, cristãos, devemos trabalhar para ter o que precisamos, sem tirar o que é dos outros.

Você se lembra do 7° e do 10° mandamentos? Obedecendo estes mandamentos, seremos felizes, fazendo os outros também felizes!

Deus dá lugar para todos nós no mundo; por isso, devemos respeitar as coisas dos outros.

8° Mandamento: sinceridade- falem a verdade


“Não espalhe notícias falsas, não concorde com os maus, servindo de testemunhas mentirosas”. (Ex 23,1)

Este é o 8° mandamento, que nos ensina a ter lealdade e sinceridade. Deus não gosta que a gente faça juramento. Não devemos jurar. A nossa conversa deve ser: sim, sim; não, não.

Jesus não gosta da falsidade das pessoas. No Evangelho, a falsidade e a hipocrisia são atitudes que Jesus mais condena, porque vêm do orgulho e acabam com a amizade entre as pessoas. A falsidade prejudica os outros e a nós mesmos. Um pecado grave é a calúnia. Caluniar uma pessoa é falar dela coisas sem saber se são a verdade.

Jesus também nos pede que nunca julguemos ninguém. Podemos detestar o erro, mas não podemos julgar a pessoa, porque não podemos ver seu coração nem as suas intenções.

A verdade deve ser a base do relacionamento entre as pessoas.